segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O sectarismo interno


     A Doutrina Espírita é livre de preconceitos, não condena nenhuma religião, e apoia a fraternidade universal.

     Entretanto, quando se fala de trabalhar mediunicamente em mais de uma casa, tomar passe em mais de um centro, frequentar mais de uma instituição espírita, ou outras atividades, tal atitude é vista com maus olhos, até onde eu percebo. Note-se que aqui já é uma atitude do movimento, não da ciência espírita.

     A palavra "sectarismo", segundo o dicionário Houaiss[1], é assim definida:

"sectarismo

substantivo masculino ( sXIV)
1 espírito limitado, estreito, de seita

2 estado de espírito ou atitude sectária; intransigência, intolerância"


     Vê-se que tal termo não combina com o Espiritismo, e até hoje não encontrei fundamentação kardeciana que impeça um trabalhador de agir em duas casas espíritas. Alguns talvez possam argumentar sobre a formação de uma "família espiritual"; mas e a família universal, o amor entre todos, que é o objetivo? Até onde eu percebo, as barreiras são colocadas no plano material, e não existem do outro lado. O bem não tem limite, não tem portões específicos, nem nomes próprios, e a caridade não se importa em ser feita em mais de um lugar. Fazendo-se um bom trabalho em todas que se esteja, qual seria o problema?

     Além disso, acredito que o atendimento dos vários locais tenham características específicas, e o que se precisa pode estar ora em um, ora em outro.

     E vocês, o que acham? Acreditam que esse sectarismo interno realmente existe? Deve-se ou não ser aceito que alguém auxilie, seja como for, em mais de uma instituição espírita? Opinem.


Referência:

Dicionário Houaiss. Disponível em houaiss.uol.com.br. Acesso em 01/08/2016.

Um comentário:

  1. A Doutrina Espírita não poderia pensar em tudo, incluindo detalhes que compete aos aprendizes da doutrina. Tudo na vida requer moderação e prudência. Eu acredito e apoio medidas sobre trabalhadores espíritas que está sempre presente em todas as casas. No que tange a palestras, trabalho sociais e outros do gênero, tudo bem. Mas no que se refere a reunião mediúnica, eu particularmente, não admito. E não estou sozinho nessa ideia. Para meu regozijo,encontrei um artigo de um espírita escritor e referência no movimento sobre o assunto, endossado pelo livro Desobsessão de André Luiz.

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