sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Conceitos simples: Alma

A alma é um Espírito encarnado. (pergunta 134 de O Livro dos Espíritos)


Não unida a um corpo (desencarnada)
Unida a um corpo
(encarnada)

Espírito

Alma

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Conceitos básicos: Espírito

Espírito sou eu, é você, somos todos nós, e também são espíritos os desencarnados que já chegaram à fase humana. Ou seja, espíritos são todos os humanos sem o corpo, o ser inteligente.

Para entender melhor, conceito básico de alma no post a seguir.
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Conceitos Básicos: Reencarnação

A reencarnação é o fenômeno através do qual um espírito retorna ao plano corpóreo utilizando-se de um corpo "de carne".
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O que você gostaria de ver na casa que frequenta?

Podem comentar como anônimos. Só coloquem, por favor, a idade, para saber o que concerne a cada perfil.

A ideia é traçar um perfil no movimento. A ideia foi copiada de um congresso que vi no youtube que fez essa pergunta e lá mesmo eles responderam.

Então, o que você gostaria de ver na casa que frequenta?
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Evolução do Espiritismo (?)

Como sempre, texto aberto para discussão e ideias, e críticas.



Evolução do Espiritismo (?)

            Muito se fala e divulga do progressismo da Doutrina Espírita, mas será que realmente estamos prontos para admitir que Kardec se equivocou em algum ponto?
            O professor Rivail[1], em A Gênese, capítulo I, item 55, diz:


"Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará."[2] (grifo nosso)


         Inclusive, ele próprio, na obra citada, corrige um ponto de vista adotado e colocado de forma expressa em O Livro dos Médiuns, no tocante ao assunto "possessão", uma vez que diz que não somente ela existe, o que antes havia sido negado[3], como ainda afirma e explica o fenômeno, trazendo um novo aspecto, que é a do bem, quando realizada por um espírito bom, conforme o trecho a seguir (Cap. XIV item 48):


"Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta, como emprestaria seu fato a outro encarnado. Isso se verifica sem qualquer perturbação ou incômodo, durante o tempo em que o Espírito encarnado se acha em liberdade, como no estado de emancipação, conservando-se este último ao lado do seu substituto para ouvi-lo."[2] (grifos nossos)


            Pois bem: mais de um século e meio se passou, a ciência evoluiu enormemente, a sociedade dos anos 2000 se tornou totalmente diferente da França daqueles tempos, o movimento espírita espalhou-se por todo o Brasil e o desafio é: como olhar para o Pentateuco, estrutura sólida como o é, bem como as obras subsidiárias já aceitas e não as deixar dogmáticas.
            É muito bonito dizer que no Consolador Prometido há debate, que podem ser feitos questionamentos, mas quanto isso é realizado na prática? Quantas pessoas que simplesmente discordam de determinados pontos, seja de forma fundamentada ou por ser novata, são realmente ouvidas, e não tratadas com impaciência, intolerância ou, desculpem a grosseria, um certo desprezo escondido? Quantas são silenciadas ou não voltam à casa por terem escutado que algo era de determinada forma mas, ao contra-argumentarem, obtiveram não exatamente essas, mas respostas que lembram o "mas é assim", ou então "fulano disse".
            Isso cria uma demanda urgente no preparo e sobretudo na humildade para aqueles que conduzem uma reunião ou são abordados para tirar dúvidas, dizerem que não sabem, mas que irá procurar, ou mesmo sugerir que aquele que pergunta o faça, lhe dando obras de referência e deixando pesquisar na internet, trazendo o material obtido para ser avaliado e comentado (percebem o quão acolhida a pessoa pode se sentir com esse tipo de atitude?).   
            Deve-se sim respeitar a coerência doutrinária, mas ainda que seja sobre um dos pontos mais básicos da doutrina, como reencarnação ou pluralidade dos mundos habitados, a abertura ao debate deve ser permanente. Inclusive, peço licença nesse momento para relatar o que me aconteceu logo que entrei no primeiro grupo de estudos de O Livro dos Espíritos que fiz parte: a reunião tinha duração de 1 hora, e a "travei" por 30 minutos, até entender por que o véu do esquecimento é justo. Graças a Deus, fui bem tratado, tiveram paciência e ninguém se exaltou, sendo solícitos para que eu entendesse o tema.
            O Cristo veio para todos, e consideramos a Doutrina dos Espíritos como o Cristianismo Redivivo, através da fé raciocinada apregoada claramente em toda ela. Portanto, deve-se acolher todos os corações e inteligências que de boa-fé a buscarem, sem correr o risco de se fechar em círculos de pontos inquestionáveis. A pior atitude que podemos ter para com a Boa Nova é o seu engessamento.
            Não se enganem, sou um profundo admirador do codificador e procuro estudar e me aprofundar em sua obra e biografia. Quanto mais leio a Revista Espírita, mais vejo sua genialidade e sua humildade, e sei que devido a estes mesmos fatos, juntamente com seu nobre e magnífico trabalho, uma quantidade enorme de pontos já estão mais que sólidos e é praticamente impossível contestar de forma bem explicada. Entretanto, ao que me oponho aqui é não permitir que a indagação, as perguntas sejam feitas.
            Existem também as novas realidades, as quais não se tinha como serem relatadas 158 anos atrás, nem mesmo nas obras do início e meados do século XX, pelo fato de tão somente não existirem. Um exemplo claro disso é a nomofobia (com N mesmo). Kardec já desencarnou, então tais assuntos não serão abordados por que não foram colocados na codificação?
            Por fim, o próprio professor Hippolyte previa o infinito de possibilidades da obra que ajudou a organizar, inclusive aconselhando como proceder com o avanço:


"Não esqueçamos que o Espiritismo não está acabado; ainda não fez senão fincar balizas. Mas, para avançar com segurança, deve fazê-lo gradualmente, à medida que o terreno estiver preparado para o receber, e bastante consolidado para nele pôr o pé com segurança. Os impacientes, que não sabem esperar o momento propício, comprometem a colheita como comprometem a sorte das batalhas."[4] (grifo nosso)

            E o repetiu, dando outras instruções, na Revista do mês de abril de 1867:


"O Espiritismo ainda não disse a última palavra; longe disso: nem sobre as coisas físicas, nem sobre as coisas espirituais. Muitas das descobertas serão fruto de observações ulteriores. De certo modo o Espiritismo não fez, até agora, senão fincar as primeiras balizas de uma ciência cujo alcance é desconhecido."[5] (grifos nossos)


            Quais as novas descobertas e observações? Estejamos prontos e abertos para recebê-las e analisá-las, criando um ambiente aberto e solidário para que façamos do Espiritismo o que Allan Kardec, junto com os espíritos superiores, direcionaram para ser: uma doutrina consoladora e que realmente avança e se adapta, agrega o que surge de novo no decorrer da estrada evolutiva, abraçando com o crivo da razão, mas sem medo, pois como dito por ele, a base do Espiritismo está nos fatos e, como se sabe, não há como atacar fatos, meticulosamente estudados e comprovados.
            É fato que certas coisas precisam de uma atualização, e talvez o Movimento Espírita o necessite mais do que da própria filosofia. Derrubando certos tabus, colocando em discussão assuntos que não se quer tocar mas que são úteis e mesmo necessários para que a ciência espírita chegue ao maior número de pessoas possível, de maneira educada e singela, como uma mão que afaga e se estende para conhecimentos maiores e consolo, entendimento, esclarecimento e amparo amigo.
           
                                   
            Muita paz a todos!



[1] Hippolyte Léon Denizard Rivail, nome de batismo de Allan Kardec
[2] KARDEC, Allan.  A Gênese. Disponível: http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/A-genese_Guillon.pdf. Acesso em 12/02/2016
[3] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Disponível: http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/136.pdf. Acesso em 12/02/2016
[4] KARDEC, Allan. Revista Espírita de junho de 1865. Disponível: http://www.febnet.org.br/ba/file/Downlivros/revistaespirita/Revista1865.pdf. Acesso em 12/02/2016
[5] KARDEC, Allan. Revista Espírita de abril de 1867. Disponível: http://www.febnet.org.br/ba/file/Downlivros/revistaespirita/Revista1867.pdf. Acesso em 12/02/2016
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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Diretrizes e bases para a divulgação da Doutrina Espírita nos tempos atuais

O texto abaixo foi escrito em 2014, pouco depois de ter lido "Obras Póstumas".
Sei que muito do que se encontra nele já é praticado, mas fiz um ou outro pequeno ajuste e o coloco para discussão.
Sejam Bem Vindos!


Diretrizes e bases para a divulgação da Doutrina Espírita nos tempos atuais

            "De vinte cinco em vinte cinco anos, pois, é que a constituição orgânica do Espiritismo será submetida à revisão". (Obras Póstumas)

             Introdução
            O presente trabalho é fruto de observação pessoal, e nele se encontram pontos de vista baseados no livro "Obras Póstumas", palestras e vivência própria, não tendo como objetivo, pois, ser um estatuto irrepreensível e irretocável, mas somente uma linha inicial para os que se interessam pelo que fazer em termos de comunicação e divulgação do Espiritismo hoje.

            Em 18 de abril de 1857, data do lançamento da primeira edição de "O Livro dos Espíritos", Hippolyte Léon Denizard Rivail, vulgo Allan Kardec, não poderia prever a expansão e diversidade que os meios de comunicação chegariam, 159 anos depois e sendo, portanto, impossível que o precursor desse instruções exatas de como proceder para a expansão da boa nova tanto tempo depois.
            Além disso, por mais esclarecidos que fossem os espíritos que o assistiam, não era tarefa deles dar instruções desnecessárias para o momento e que serviriam tão somente para atrapalhar e confundir os encarnados da época, que não entenderiam o avanço tecnológico no qual estamos, cabendo a nós, agora, analisar, compreender e interagir de forma apropriada, sóbria e equilibrada para não deixar que a terceira revelação seja um artigo de luxo somente conhecido e inteligível por mentes mais escolarizadas e, ao mesmo tempo, sem deixar o afã de "divulgar por divulgar" transformar as tentativas de propagação do Consolador Prometido que consideramos ser esta filosofia espiritualista em apresentações de entretenimento vazias de sentido e propósitos sérios, reais e maduros. Jesus veio para todos, e o que se deve intentar é dar mais possibilidades daqueles que muito confundem ou até desconhecem por completo esta doutrina, ter o mínimo de acesso e, se interessando, serem bem acolhidos nos centros.

             Legitimidade
            Vendo recentes movimentos e preocupações acerca da divulgação do Espiritismo, e entendendo que muito pode dar errado se não houver equilíbrio, gerando o fazer por fazer, minha primeira preocupação foi perguntar "O que Kardec fez assim que ficou pronta a primeira edição do livro dos espíritos?", ao que obtive a resposta de que ele distribuiu para quem quisesse ver. Indo além, quis buscar base Kardecista pura que permitissem que ela (a divulgação) fosse feita sem preocupações, ou melhor, que dessem apoio e a incentivassem.
            Foi com felicidade que pude encontrar várias dessas bases no livro "Obras Póstumas", que no capítulo "Projeto - 1868" de sua segunda parte, tem 2 parágrafos exatamente sobre publicidade, e eis aqui a transcrição do que está no último deles:

"Uma publicidade em larga escala, feita nos jornais de maior circulação, levaria ao mundo inteiro, até às localidades mais distantes, o conhecimento das idéias espíritas, despertaria o desejo de aprofundá-las e, multiplicando-lhes os adeptos, imporia silêncio aos detratores, que logo teriam de ceder,diante da opinião geral."
Resta claro neste fragmento a permissão doutrinária de se utilizar a utilizar a mídia para falar sobre a doutrina. Somando-se a isso a Revista Espírita, e o próprio fato de as obras básicas terem sido colocadas à disposição, mais de 100 anos atrás, em livrarias, fica evidente que o codificador, nascido em Lyon quis espalhar tanto quanto possível a mensagem da terceira revelação, porém, sem obrigar ninguém a nada, o que leva ao segundo ponto.

                 A Modernidade
            Cento e cinquenta e nove se passaram, e o que antes se restringia à Revista Espírita e jornais de grande circulação, hoje se transformou em todos eles com o acréscimo de Youtube, periódicos online e eventos abertos a qualquer pessoa, fazendo-se indispensável mostrar que existe, sem se autoproclamar como o melhor caminho nem querer converter quem quer que seja. Não se atualizar é, como diz André Trigueiro, "se tornar vítima das circunstâncias" e, assim, deixar que os tempos passem sem inovações que cabem a nós, espíritas de hoje, é ir totalmente contra o progressismo da doutrina. Se mesmo no tocante às descobertas, ao famoso certo e errado, ela diz que tem que ser revista e adaptada ao que vier de novo, penso que esta direção também deve ser seguida no tocante à comunicação e divulgação.

             O Público-Alvo
            "Coerente  com seus princípios, o Espiritismo não se impõe a quem quer que seja; quer ser aceito livremente e por efeito de convicção. Expõe suas doutrinas e acolhe os que voluntariamente o procuram.
            Não cuida de afastar pessoa alguma das suas convicções religiosas: não se dirige aos que possuem uma fé e a quem essa fé basta; dirige-se aos que, insatisfeitos com o que se lhes dá, pedem alguma coisa melhor." (grifos meus) - Obras Póstumas, Primeira Parte, Ligeira Resposta aos Detratores do Espiritismo.
            De forma alguma a Doutrina Espírita deve recorrer ao proselitismo. Se, por um lado, ficou claro que não devemos ficar parados, querendo que ela se divulgue por si só, esperando que, quando alguém entre em nossa casa, veja um livro e pergunte "Nossa, que legal, o que é isso? Onde posso saber? Me fala mais?", também cabe a nós o respeito pelos que não se interessam e não querem saber. Tem-se de tomar cuidado para não transformar a divulgação e a comunicação em um grande espetáculo artístico com o único fim de ganhar novos adeptos.

               Conclusão
            Ante a breve exposição seguem, pontualmente, aspectos importantes acerca do movimento de divulgação e comunicação. Mais uma vez, ressalto que não tenho a menor intenção de expor aqui verdades incontestáveis nem de apresentar algo completo.

1- Respeito ao próximo e às crenças. Se ele já tem uma e é feliz com ela, não o aborde;
2- Se Kardec utilizou de meios de divulgação, e os espíritos a aprovaram em meios de grande circulação, temos a legitimidade para fazê-lo com os métodos que a modernidade nos disponibiliza;
3- Espiritismo não é "feira", e devido à sua seriedade, importa que não façamos nada que venha a ser simples entretenimento sem significado alegando ser em nome da divulgação como, por exemplo, shows em praça pública só para dizer que o movimento espírita está apoiando.
4- É perfeitamente possível fazer boa divulgação sem fazer alarde circense. Deixemos que quaisquer polêmicas, grandes repercussões, críticas e elogios públicos sejam feitos pelos que veem as notícias. Nossa intenção deve ser tão só mostrar que existe, não tornar a doutrina famosa.
5- O objetivo da divulgação é acalentar e consolar quem precisa, o que jamais deve ser perdido de vista.
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